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 Colóquio Internacional

Neoliberalismo: liberdade e governo

Núcleo de Filosofia Prática do Labcom.IFP

Na Real Fábrica Veiga | 19 e 20 de novembro

Do «Colóquio Walter Lippmann» (Paris, 1938) à constituição da «Mont Pelerin Society» (Suíça, 1947); do ordoliberalismo alemão nascido das cinzas da II Guerra Mundial ao final dos anos 1970 e início dos anos 1980, com a chegada ao poder de Margaret Thatcher no Reino Unido e de Ronald Reagan nos Estados Unidos da América; do diálogo oculto e da luta titânica travada no decorrer do século XX entre John Maynard Keynes e Friedrich A. Hayek por uma definição operativa e normativa da economia contemporânea; dos «Chicago Boys» aos «Novos Economistas» europeus; da grande crise financeira de 2008 aos incertos e angustiantes dias de hoje, o termo «neoliberalismo» permanece – qual mantra… – uma nebulosa conceptual capaz de acolher as tradições mais díspares e as versões mais contraditórias tanto do «liberalismo político» como do «liberalismo económico» clássicos.

Apesar de um lento, espinhoso e polémico processo de consagração académica, e não obstante a familiaridade da palavra junto do grande público, a verdade é que o termo geral «neoliberalismo», sujeito desde os anos 1930 até ao dia de hoje a todos os tipos de uso e de abuso, está longe de ser unívoco. Ao ponto de podermos sem receio afirmar que sob uma falsa unicidade e sob uma ilusória transparência do termo «neoliberalismo» se ocultam afinal «neoliberalismos» vários, com linhagens, tradições, práticas e desenvolvimentos económicos e políticos altamente diferenciados.

O colóquio internacional que o Núcleo de Filosofia Prática do Labcom.IFPleva a cabo nos dias 19-20 de Novembro, juntando um punhado de autores provenientes dos diferentes territórios das ciências sociais e humanas, pretende suscitar um debate vivo e clarificador em torno dos novos problemas teóricos e práticos que o simples prefixo «neo» coloca hodiernamente ao termo geral clássico «liberalismo». Acreditamos que toda a comunidade ubiana estará consciente da necessidade de participar num evento que, transcendendo as áreas científicas das Faculdades da UBI, diz com certeza respeito – de um modo vívido e actualíssimo – a todas e a cada uma em particular.

Ver Cartaz e Programa

Para mais informações, consulte-se a Página WEB do Labcom.ifp


 Tardes de Quinta no Museu

Fundão: Novos rostos do património

Com Pedro Novo (Arquiteto) e Pedro Miguel Salvado (Mestre em Cultura e Antropologia)

No Auditório da Real Fábrica Veiga | 22 de outubro| 16h00

Na próxima Tarde de Quinta no Museu, a 22 de outubro, pelas 16h00, Pedro Novo (Arquiteto) e Pedro Miguel Salvado (Mestre em Cultura e Antropologia), com a moderação de António dos Santos Pereira (Diretor do Museu de Lanifícios da UBI), apresentam o tema Fundão: novos rostos do património

A apresentação e subsequente debate focalizar-se-ão sobre o concelho do Fundão, que tem vindo a assumir a patrimonialização como uma coordenada fundamental para a sua afirmação identitária no quadro da emergência de uma estratégia de desenvolvimento económico e de sustentabilidade emocional cultural.

Numa matriz de um quotidiano pautado por uma ruralidade viva polarizada por um pequeno centro urbano que concentra e gere algumas funções, esta ativação patrimonial tem despoletado a necessidade em se questionar o real impacto dos processos e a sua eficácia em termos económicos, em desígnios culturais e verdadeiras apropriações sociais. O património é sempre uma negociação e uma cedência nas relações materiais e imateriais entre os tempos e os homens.

Apresentam-se dois casos: A  Moagem, na cidade do Fundão, e a Casa do Barro, situada no Telhado, freguesia do alfoz rural do concelho.

Oradores:
Pedro Novo
Arquiteto, autor do projeto expositivo de A Moagem (Fundão) e da Casa do Barro (Telhado, Fundão)
Pedro Miguel Salvado
Mestre em Cultura e Antropologia. Instituto de Estudios Antropologicos de Castilla y Léon. USAL | Câmara Municipal do Fundão

Moderação:
António dos Santos Pereira
Professor Catedrático da Universidade da Beira Interior e Diretor do Museu de Lanifícios da UBI

Como é habitual, esta sessão decorre no auditório da Real Fábrica Veiga e o seu acesso é livre à comunidade em geral.

Ver Cartaz


Local: Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior / Núcleo da Real Fábrica Veiga- Auditório (Calçada do Biribau s/n, junto ao Parque da Goldra, 6201-001 Covilhã

Data - 22 de outubro de 2015| 16h00


 Feira de S. Miguel do Tortosendo em Lisboa

A Casa da Covilhã promoveu no dia 18 de outubro, no Mercado de Benfica, em Lisboa, com a coorganização das Câmaras Municipais da Covilhã e de Lisboa e o apoio da Junta de Freguesia de Benfica, a Feira de S. Miguel do Tortosendo.

Entre as 9h00 e as 19h00, foi possível visitar uma réplica desta centenária e tradicional feira agrícola e comercial do concelho da Covilhã, onde estarão mostras de produtos regionais, música e folclore e artesanato.

O Museu de Lanifícios da UBI esteve representado neste evento para relembrar a importância da indústria dos lanifícios no concelho da Covilhã e efetuar, em simultâneo, algumas demonstrações do trabalho com a lã de forma artesanal.

 Jornadas Europeias do Património 2015

Património industrial e técnico

O Museu de Lanifícios associa-se, nos dias 25, 26 e 27 de Setembro, às Jornadas Europeias do Património 2015, este ano subordinadas ao tema Património Industrial e Técnico. A Direção-Geral do Património Cultural, entidade a nível nacional que coordena e divulga os programas de actividades a desenvolver pelas várias entidades associadas, pretende com esta celebração chamar a atenção para um património que está permanentemente presente no quotidiano de todos nós, e que representa um legado que se revela em "fábricas, pontes, moinhos, canais, linhas de caminho-de-ferro, lojas, vilas operárias, minas, portos, património da água e da luz, pequenas indústrias artesanais, arquivos públicos e empresariais, entre muitas outras realizações da indústria e da técnica, alguns ainda em uso e outros abandonados ou já reutilizados, mas todos eles são testemunho do engenho e da criatividade de gerações passadas".  

O Museu de Lanifícios, com um vasto património industrial e técnico à sua guarda, promove a abertura gratuita dos seus espaços museológicos nestes três dias festivos no horário habitual, bem como a a possibilidade de acompanhamento por um guia que conduzirá o visitante num percurso pelos "Lanifícios: da manufactura à maquinofactura" no dia 26 de setembro. Estará igualmente disponível a atividade educativa "Quem quer ser debuxador?", que será, à tarde, seguida de um Encontro-Convívio entre Debuxadores, no âmbito do encerramento da exposição temporária "A magia do xadrez nos lanifícios: os tartãs escoceses" patente ao público até ao dia 27 de setembro, na Real Fábrica Veiga.

Atividades:

25, 26 e 27 de setembro

// Exposições Permanentes (Entrada livre)

  • Real Fábrica de Panos (manufactura fundada em 1764, pelo Marquês de Pombal)
  • Real Fábrica Veiga (Núcleo da Industrialização dos Lanifícios, séc. XVIII-XIX)

// Exposição temporária (Entrada livre)

  • A Magia do Xadrez nos Lanifícios: os Tartãs Escoceses | Real Fábrica Veiga_O tecido tartã é o núcleo de uma encenação que termina a 27 de setembro.  Associado ao ‘kilt’ e à gaita-de-foles, o tartã torna-se um dos principais símbolos do património cultural da Escócia e um dos tecidos de lã mais emblemáticos e carismáticos com lugar úniconos anais da história têxtil.

25 e 26 de setembro

// Visitas Orientadas_10h00 e 15h00 (Gratuito)

  • Percurso pelos dois núcleos museológicos subordinado ao tema "Os lanifícios: da manufactura pré-industrial à maquinofactura industrial", orientado por guias às 10h00 e às 15h00
  • Ponto de encontro: Real Fábrica de Panos (Rua Marquês d'Ávila e Bolama, Covilhã)
  • Duração prevista: ca. 2h00

25 de setembro

// Quem quer ser Debuxador?_Oficina educativa | 10h00 (Gratuito) | Real Fábrica Veiga

  • Nesta oficina pretende-se demonstrar que até para se produzirem tecidos é necessário ser criativo. Tudo começa pelo desenho, em papel quadriculado, do cruzamento dos fios da teia com os fios da trama que reproduz o padrão do tecido que se pretende urdir e tecer.
  • Público-alvo: Crianças dos 8 aos 12 anos do ensino básico
  • Duração prevista: ca. 2h00

//  Tarde de Memória no Museu | 16h00 (Entrada Livre)

  • Encontro-convívio de debuxadores têxteis com um percurso pela exposição temporária “A magia do xadrez nos lanifícios: os tartãs escoceses” sobre um dos tecidos mais emblemáticos produzidos em lã, o tartã, que alguns técnicos têxteis apelidam de "o rei dos desenhos". O tartã surge na Escócia e relaciona-se muito estreitamente com a história romântica dos clãs escoceses.

 

Mais informações/marcações pelo telefone 275 319724 ou pelo e-mail muslan@ubi.pt.

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 Programa das comemorações dos "250 anos da Real Fábrica de Panos"

Programa Gratuito 

Visita Musical | 14 de junho

21h30
Visita guiada ao Núcleo da Real Fábrica de Panos com acompanhamento de música e dança
22h30
Concerto da banda Hope Killers Cult -- Núcleo da Real Fábrica Veiga

Tecer Memórias | 20 de junho

15h00
Conversa e convívio entre antigos trabalhadores da indústria de lanifícios do concelho da Covilhã -- Núcleo da Real Fábrica Veiga

Tardes de Quinta no Museu | 26 de junho
Comemoração dos 250 anos da Real Fábrica de Panos

15h00
Comemoração dos 250 anos da Real Fábrica de Panos
António dos Santos Pereira - Professor Catedrático da Universidade da Beira Interior e Diretor do Museu de Lanifícios da UBI
15h30
A indústria em Portugal de Pombal à I República: revolução industrial ou industrialização?
José Amado Mendes - Professor Catedrático da Universidade de Coimbra (Ap.º)  e da Universidade Autónoma da Lisboa
16h15
A Real Fábrica de Panos, um marco histórico na paisagem industrial e cultural da Covilhã
Elisa Calado Pinheiro - Professora Auxiliar da Universidade da Beira Interior (Ap.ª) e Diretora Aposentada do Museu de Lanifícios da UBI
17h00
Lançamento público do livro As Fábricas da Covilhã: fotocronologia, de António Garcia Borges, editado pela Associação "Os Amigos da Covilhã", com apresentação de António dos Santos Pereira

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Contactos:
Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior
Núcleo da Real Fábrica Veiga / Sede
Calçada do Biribau, s/n (junto ao Parque da Goldra), Covilhã
Tel.: + 351 275 319724 / Fax: + 351 275 319712
E-mail: muslan@ubi.pt / educmuslan@ubi.pt


ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal

Conferência Projeto ETC - European Textile Cooperation

27 de maio | 14h00

É já no dia 27 de maio, pelas 14h00, que a ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal irá apresentar os resultados do Projeto ETC - European Textile Cooperation, um projeto SIAC, com o apoio do QREN/Compete, a ter lugar no Museu de Lanifícios da UBI, na Covilhã, a partir das 14h00.

Nesta sessão serão divulgadas as principais conclusões dos estudos realizados no âmbito deste projeto, nomeadamente:

  • Quais as oportunidades de financiamento na União Europeia para o Setor Têxtil e Vestuário;
  • Quais os mercados mais interessantes para a construção de uma rede de colaboração europeia para os players do setor;
  • Quais os novos modelos de negócio e os novos modelos logísticos, no âmbito do setor têxtil e vestuário.

Será ainda apresentada a Plataforma para o Conhecimento - European Textile Cooperation, construída especificamente para este setor, tendo como objetivo a constituição de um ambiente de trabalho que permita o lançamento de projetos e iniciativas a nível europeu, permitindo potenciar o acesso da indústria nacional às oportunidades existentes na UE.

Saiba +

 Tardes de Quinta no Museu

Palestra "Património musical beirão", com José Luis Adriano

No Auditório da Real Fábrica Veiga | 21 de maio| 16h00

Na próxima Tarde de Quinta no Museu,a 21 de maio, pelas 16h00, com o tema “Património Musical Beirão” será abordada por José Luís Adriano a rica tradição musical na Beira, com espaços mais nobres na Sé da Guarda e nos orfeões das três maiores cidades da Beira, expressão sublime nas igrejas nos quadros litúrgicos do Natal e da Quaresma, mas carregada de telurismo, nas janeiras, nas romarias e nas tarefas campesinas das sachas, das regas, etc. Alguma desta tradição já foi notada por Michell Giacometti e Fernão Lopes Graça e até cantada pela saudosa Amália.

Como é habitual, esta sessão decorre no auditório da Real Fábrica Veiga e o seu acesso é livre à comunidade em geral.

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Local: Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior / Núcleo da Real Fábrica Veiga- Auditório (Calçada do Biribau s/n, junto ao Parque da Goldra, 6201-001 Covilhã

Data - 21 de maio de 2015| 16h00


 Dia Internacional dos Museus 2015

Museus para uma sociedade sustentável

Para assinalar o Dia Internacional dos Museus em 2015 foi proposto pelo ICOM (Conselho Internacional de Museus) o tema “Museus para uma sociedade sustentável”. Esta temática foi eleita para que os museus fomentem uma “reflexão e a tomada de consciência para as consequências da actuação humana sobre o meio em que vivemos e o impacto que os atuais modelos económicos e sociais acarretam a médio e longo prazo”. Mais uma vez, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) divulga a programação geral das actividades organizadas pelos espaços museológicos integrados na Rede Portuguesa de Museus no sítio http://patrimoniocultural.pt/pt/agenda/atividades-rpm/dia-internacional-dos-museus-2015-noite-dos-museus/.

Com o “Venha conhecer o Museu de Lanifícios da UBI” participaremos nas comemorações de 18 de maio abrindo gratuitamente ao público, no dia semanal em que habitualmente se encontra encerrado e num horário alargado, entre as 9h30 e as 20h00, para que todos possam visitar as exposições permanentes e as temporárias patentes nos dois espaços museológicos que este museu gere. Também serão proporcionadas ao público visitas orientadas, entre as 10h00 e as 12h00 e as 15h00 e as 18h00, com o tema “Lanifícios: da manufactura à fábrica”, iniciando-se o percurso na manufactura pombalina da Real Fábrica de Panos

Programa de actividades:

Exposições Permanentes | Entrada livre e gratuita          

// Tinturarias Pombalinas da Real Fábrica de Panos, manufactura de Estado, fundada pelo Marquês de Pombal, em 1764

// Real Fábrica Veiga: Industrialização dos Lanifícios (sécs. 19-20)

Visita Orientada "Os Lanifícios : da manufactura à fábrica" | Gratuito

// Das 10h00 às 12h00 e das 15h00 às 18h00

  • Percurso pelas exposições permanentes do Museu de Lanifícios: Núcleos da Real Fábrica de Panos e da Real Fábrica Veiga
  • Ponto de encontro: Núcleo da Real Fábrica de Panos (Rua Marquês d'Ávila e Bolama, Covilhã)
  • Nº máximo de participantes por grupo : 25
  • Sem marcação prévia (por ordem de chegada)

Exposições Temporárias | Entrada livre   

// Real Fábrica Veiga
Conclusão aberta. O Espaço ativo de Jorge Oteiza” | Jorge Jular e Juan Carlos Quindós_Exposição itinerante (até 24 de maio)

// Real Fábrica de Panos
"O Magriço" _ Exposição de pranchas de banda desenhada | Pedro Emanuel, com o apoio de Quartzo Editores, Câmara Municipal de Penedono e DECA/UBI (até 24 de maio)

 

Ver Direcção-Geral do Património Cultural


 Tardes de Quinta no Museu

Geografia da Lã no território da Beira Interior: a perspetiva de um geógrafo em trabalho de campo no âmbito do Projeto Rota da Lã-Translana", com Pedro Leitão Pais

No Auditório da Real Fábrica Veiga | 23 de abril| 16h00

Pedro Leitão Pais colaborou ativamente como geógrafo no trabalho de campo, na investigação e na edição da obra Rota da Lã Translana: percursos e marcas de um território de fronteira: Beira Interior (Portugal) e Comarca Tajo-Salor-Almonte (Espanha), editada pelo Museu de Lanifícios em 2008-2009.

Na próxima Tarde de Quinta no Museu, a 23 de abril, pelas 16h00, Pedro Leitão Pais, numa palestra com o tema “Geografia da lã no território da Beira Interior: a perspetiva de um geógrafo em trabalho de campo no âmbito do projecto ROTA DA LÃ TRANSLANA”, apresentará o seu testemunho e a perspetiva geográfica dos percursos da lã na região da Beira Interior. Tratou-se de uma viagem única, iniciada em 2004, que lhe permitiu percorrer antigas vias agropastoris e aceder a edifícios e complexos fabris, que animaram e moldaram profundamente uma paisagem cultural que nos revela um património laneiro singular.

Como é habitual, esta sessão decorre no auditório da Real Fábrica Veiga e o seu acesso é livre à comunidade em geral.

Resumo da comunicação

Tomando como ponto de partida o amplo trabalho de campo concretizado no período 2004-2009, no âmbito do projeto comunitário liderado pelo Museu de Lanifícios da UBI, ROTA DA LÃ – TRANSLANA, pretende-se traçar um esboço mental e digital de uma geografia da lã no vasto território da Beira Interior, assente nos dois eixos que nortearam a linha de investigação: por um lado, as vias agropastoris, isto é, os itinerários e os caminhos percorridos por rebanhos de ovelhas, acompanhados pelos seus pastores e cães de guarda, aquando das movimentações dos gados em função das suas necessidades de alimento; e, por outro lado, os edifícios e complexos industriais de produção e de apoio à atividade dos lanifícios.
Assumindo o papel de geógrafo, a representação espacial dos fenómenos e dos dados recolhidos, maioritariamente em contexto de trabalho de campo, promoverá a recuperação do desenho dessa geografia que o tempo e vicissitudes humanas têm, irremediavelmente, diluído. Depois de um breve enquadramento e caraterização do território em análise, a apresentação centrar-se-á no traçado das vias pastoris que, no decurso da investigação ROTA DA LÃ- TRANSLANA foram possíveis de inventariar e reproduzir e na distribuição dos imóveis industriais localizados, bem como nas evidências patrimoniais associadas às atividades da transumância e da transformação da matéria-prima da lã.
Porque a experiência pessoal e profissional de quem percorreu toda a Beira Interior extravasou, em muito, as estatísticas, os mapas e os textos produzidos, procurar-se-á revelar retratos autênticos que, no fundo, contribuem para a caraterização desta paisagem cultural que o Homem foi, ardilosamente, construindo e moldando, através de tempos longos, no substrato natural que lhe foi oferecido, tendo como referência o trabalho da lã. E hoje; num outro tempo e com um território mais urbanizado, mas também mais despovoado; com uma estrutura produtiva maioritariamente terciarizada, embora com uma população preocupantemente envelhecida, inativa e, aparentemente, menos dependente desse fino e contínuo equilíbrio que liga o Homem ao Meio; o que resta dessa geografia?

Nota biográfica

Pedro Leitão Pais nasceu em 1980 na cidade da Covilhã, cidade onde estudou e concluiu o ensino secundário, na Escola Secundária Frei Heitor Pinto. Em 2004, conclui a licenciatura em Geografia, com especialização em Ordenamento do Território e Desenvolvimento, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e, em 2005, recebe o Prémio Curricular de Geografia 2003-2004, distinção atribuída aos alunos com melhor currículo académico. Na Universidade da Beira Interior, conclui, em 2009, o curso de especialização em Sistemas de Informação Geográfica.

Em 2004, inicia a atividade profissional como geógrafo (auxiliar de investigação), no Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior, no âmbito do projeto ROTA DA LÃ – TRANSLANA, onde permaneceu até 2009, tendo colaborado ativamente no trabalho de campo de inventário das rotas de transumância e do património industrial, bem como na produção de textos, tratamento de dados, produção fotográfica e cartográfica para a publicação do projeto Rota da Lã – TRANSLANA. Paralelamente, em 2005, inicia funções como docente de geografia, ao 3º ciclo, na EPABI – Escola Profissional de Artes da Covilhã. Em 2010, assume o cargo de diretor pedagógico da instituição EPABI, funções que desempenha até ao presente. Atualmente, encontra-se a realizar o 2º ano do curso de 2º ciclo – Mestrado em Sistemas de Informação Geográfica, na Universidade da Beira Interior, desenvolvendo uma investigação subordinada à temática da valorização do património industrial da cidade da Covilhã com recurso aos SIG.

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Local - Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior / Núcleo da Real Fábrica Veiga- Auditório (Calçada do Biribau s/n, junto ao Parque da Goldra, 6201-001 Covilhã)

Data - 23 de abril de 2015| 16h00


 Dia Internacional dos Monumentos e Sítios 2015

Monumentos e Sítios: Conhecer, Explorar, Partilhar

Com o tema “Monumentos e Sítios: Conhecer, Explorar, Partilhar”, realiza-se a 18 de abril o Dia Internacional de Monumentos e Sítios 2015, instituído pelo ICOMOS Internacional, que este ano celebra 50 anos. A Direção-Geral do Património Cultural divulga online um programa geral de actividades atrativo e diversificado que se irá desenvolver no território continental e nas regiões autónomas em cerca de 166 concelhos e promovido por cerca de 622 entidades públicas e privadas.

O Museu de Lanifícios da UBI alia-se mais uma vez às comemorações deste dia festivo abrindo gratuitamente as suas portas ao público em geral e proporcionando ao mesmo visitas guiadas, às 10h00 e às 15h00, às Tinturarias Setecentistas da Real Fábrica de Panos, manufactura fundada pelo Marquês de Pombal em 1764, cuja área arqueológica foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1982. Os visitantes também poderão percorrer as duas exposições temporárias patentes nas Galerias da Real Fábrica de Panos, “O Magriço – Exposição de Pranchas de Banda Desenhada”, e da Real Fábrica Veiga, “Conclusão aberta. Espaço ativo de Jorge Oteiza”, exposição itinerante sobre arquitectura.

 

Programa de actividades:

Exposições Permanentes | Entrada livre e gratuita          

// Tinturaria Pombalina da Real Fábrica de Panos (séc.18)

// Real Fábrica Veiga: Industrialização dos Lanifícios (sécs. 19-20)

Visitas Orientadas | Entrada livre   

// Às 10h00 e às 15h00 nas Tinturarias Pombalinas da Real Fábrica de Panos (classificadas como Imóvel de Interesse Público desde 1982)

  • Nº máximo de participantes : 25
  • Sem marcação prévia (por ordem de chegada)

Exposições Temporárias | Entrada livre   

// Real Fábrica Veiga
Conclusão aberta. O Espaço ativo de Jorge Oteiza” | Jorge Jular e Juan Carlos Quindós_Exposição itinerante (até 24 de maio)

// Real Fábrica de Panos
"O Magriço" _ Exposição de pranchas de banda desenhada | Pedro Emanuel, com o apoio de Quartzo Editores, Câmara Municipal de Penedono e DECA/UBI (até 24 de maio)

Palestras

A preservação do património cultural imaterial. Quem deve assumir as responsabilidades? | por António dos Santos Pereira (Diretor do Museu de Lanifícios da UBI)
In II Encontro de Investigadores e Escritores do concelho da Covilhã “Património cultural imaterial: identidade, imaterialidade e responsabilidade” (Painel I | 10h00-11h00)
Local - New Hand Lab| Tv. do Ranito-Rua Mateus Fernandes

Ver Direcção-Geral do Património Cultural


 Tardes de Quinta no Museu

Mesa Redonda Fundão: Tempos, Território e Habitat

No Auditório da Real Fábrica Veiga | 19 de março| 17h00

Nesta Tarde de Quinta no Museu vamos debater em Mesa Redonda o tema Fundão: Tempos, Território e Habitat que contará com a moderação do investigador Pedro Salvado, e as presenças do Senhor Presidente da Câmara Municipal do Fundão, Dr. Paulo Fernandes, dos Professores da UBI, Santos Pereira, Baptista Coelho e Domingos Vaz, e do Curador da Exposição "Um Destino; Coisa Simples", Arquitecto Pedro Novo, patente ao público até ao dia 22 de março, na Galeria do Núcleo da Real Fábrica Veiga.

 Como é habitual, esta sessão decorre no auditório da Real Fábrica Veiga e o seu acesso é livre à comunidade em geral e aos investigadores, profissionais e estudantes de arquitectura, em particular.

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Local - Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior / Núcleo da Real Fábrica Veiga- Auditório (Calçada do Biribau s/n, junto ao Parque da Goldra, 6201-001 Covilhã)

Data - 19 de março de 2015| 17h00


 Tardes de Quinta no Museu

Palestra Um Museu in situ lanarum fabricae, por Dr. Carlos Pinto

No Auditório da Real Fábrica Veiga | 26 de fevereiro| 16h00

Em mais uma sessão de Tardes de Quinta no Museu, teremos oportunidade de ouvir o Dr. Carlos Pinto, que nos traz a debate o tema "Um Museu in situ lanarum fabricae".

O Dr. Carlos Pinto, autarca notável, parlamentar português e europeu distinto, vem ao Museu de Lanifícios justificar a excelente localização deste e abordar a arte que ele primeiramente exerceu, depois de preciosa formação em tecnologia industrial recebida na Escola Campos Melo da Covilhã, propondo-se remontar às origens, procurar razões, encontrar protagonistas, mostrar o apogeu e o declínio da indústria covilhanense, sobretudo perspectivar um outro futuro. O conferencista é actualmente administrador da CAP Atlântica Consulting, presidente da RU.DE – ADL e membro do Conselho Geral do Instituto Francisco Sá Carneiro.

Sinopse

A Covilhã nasceu entre a serra e o campo, no sítio onde o trânsito dos rebanhos se fazia, na conjugação dos pastos e dos cultivos, dos pastores e dos artífices, dos mercadores, dos clérigos e das gentes de ofício, todos diligentes na feitura da melhor vida para os homens e até para os animais. Aqui, a natureza é úbere, farta de água, manhãs de sol, povoada de árvores e diligente. Os homens apenas a imitaram e fizeram casas eternas de pedra, madeira e vidro, pisões, moinhos e lagares. Depois, veio a grande Fábrica e com ela esta cidade conquistou Portugal pela excelência dos seus panos finos. A escola ensinou debuxo e exportou tecidos dos melhores, com arte, para o mundo. É disto que Carlos Pinto, que foi mestre em tal ofício, para além de outros, que a cidadania lhe impôs, nos vem falar, na equação da Covilhã com o Museu que melhor a representa na tradição industrial propondo-se remontar às origens, procurar razões, encontrar protagonistas, mostra o apogeu e a queda, sobretudo perspetivar um outro futuro.

 António dos Santos Pereira, 2015

Nota Biográfica

Carlos Alberto Pinto nasceu na Covilhã em 1947. É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde também concluiu a pós-graduação em Direito das Autarquias Locais. Todavia recebeu formação excelente na área têxtil, sendo diplomado em Tecnologia Industrial pela Escola Campos Melo da Covilhã. Nesta cidade, exerceu os cargos de presidente da Câmara Municipal (1990/1994 e 1994/2013) e da Comunidade Urbana das Beiras (2009/2013). Exerceu vários cargos de âmbito nacional e internacional. Foi deputado na Assembleia da República (1985-1990 e 1994-1997) e na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa entre (1988-1996), vice-presidente da Comissão Norte/Sul e membro da Comissão para a Paz Israelo/Palestiniana. Foi ainda deputado na União da Europa Ocidental, membro da Organização de Segurança e Cooperação na Europa e do Comité das Regiões em Bruxelas. É autor de relatórios internacionais sobre as atividades da OCDE, o desenvolvimento rural, os poderes Locais e a regionalização, a rede de transportes/CEMAT e a Carta Urbana Europeia. Mereceu a distinção da eleição a membro honorário da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. Pelo seu empenho na causa e nas coisas públicas, foi condecorado com o grau de Chevalier dans l’Ordre National de La Légion D’Honneur da República Francesa.

Como é habitual, esta sessão decorre no auditório da Real Fábrica Veiga e o seu acesso é livre à comunidade em geral.

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Local - Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior / Núcleo da Real Fábrica Veiga- Auditório (Calçada do Biribau s/n, junto ao Parque da Goldra, 6201-001 Covilhã)

Data - 26 de fevereiro de 2015| 16h00


Tardes de Quinta no Museu

Lutas e aspirações da Classe Operária Tortosendense no Estado Novo. Contributo da memória individual para o seu estudo, com Adélia Mineiro

No Auditório da Real Fábrica Veiga | 29 de janeiro| 16h00

Em mais uma sessão de Tardes de Quinta no Museu, teremos oportunidade de ouvir Adélia Carvalho Mineiro, natural do Tortosendo, professora aposentada do 2º ciclo do Ensino Básico, Mestre e Doutoranda em História, que nos traz a debate o tema "Lutas e aspirações da Classe Operária Tortosendense no Estado Novo. Contributo da memória individual para o seu estudo".

Desde 1992, quando ajudou a fundar a Liga dos Amigos do Tortosendo (LAT), enceta um trabalho sistemático de recolha de tradições e de “histórias de vida” com o objectivo de contribuir para a salvaguarda do património oral e das memórias individual, colectiva e social do Tortosendo, material este que tem vindo a publicar no Boletim da LAT.

Como é habitual, esta sessão decorre no auditório da Real Fábrica Veiga e o seu acesso é livre à comunidade em geral.

 

Nota Biográfica

Adélia Carvalho Mineiro nasceu em Tortosendo, Covilhã, em 1946. É professora aposentada do 2.º Ciclo do Ensino Básico (Português e História)
Conclui o curso de Magistério Primário em 1964 e a licenciatura em História, em 1981, na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.
Em 2004, na Universidade de Salamanca, defende a tese de mestrado.
Em 2007, através das Edições Sílabo, publica o livro: “Valores e ensino no Estado Novo. Análise dos Livros Únicos.”
É colaboradora regular do Boletim Trimestral da LAT – Liga dos Amigos do Tortosendo -, que ajudou a fundar, em Março de 1992. Enceta, a partir desta data, um trabalho sistemático de recolha de tradições e de “histórias de vida”, com o objectivo de contribuir para a salvaguarda do património oral e das memórias individual, colectiva e social de Tortosendo, material /que tem vindo a publicar, no referido Boletim.
Prossegue o trabalho de investigação sobre o período do Salazarismo, a nível local. Neste âmbito, tem feito variadas apresentações, principalmente, em escolas.
Atualmente está a trabalhar na tese de doutoramento, intitulada: “Tortosendo, uma vila, durante o Estado Novo (1926-1974). História e memória de um núcleo industrial”.

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Local - Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior / Núcleo da Real Fábrica Veiga- Auditório (Calçada do Biribau s/n, junto ao Parque da Goldra, 6201-001 Covilhã)
Data - 29 de janeiro de 2015| 16h00