Desde a criação, em 1998, do Centro de Documentação/Arquivo Históricodo Museu de Lanifícios da UBI, em instalações próprias, foram incorporados 27 fundos de arquivo e diversas colecções e espólios de documentação técnica, cartográfica, iconográfica e têxtil, provenientes de doações, depósitos e permutas de entidades particulares (individuais e colectivas) efectuadas a esta instituição desde 1996. Algumas das colecções integram conjuntos documentais produzidos e acumulados no decorrer das actividades desenvolvidas por entidades públicas e privadas diferenciadas, singulares ou colectivas, do ramo da indústria têxtil e, mais especificamente, dos lanifícios, da arqueologia e património industrial, cobrindo o período da industrialização dos lanifícios (sécs. XIX e XX) que, devido às mais variadas situações, extinguiram a sua actividade.
Os fundos e colecções custodiados apresentam uma cronologia compreendida entre os sécs. XVIII e XX, atingindo um volume que ultrapassa os 3 000 metros lineares de estanteria, que se articulam estreitamente com as colecções museológicas de ambos os núcleos museológicos, que abarcam preferencialmente os sécs. XVIII e XX.
O conjunto da documentação apresenta um valor e interesse significativos, já que permite a uma grande diversidade de destinatários o acesso e recurso a informações, dados e produtos de natureza documental, técnica, económica e histórico-cultural no âmbito da indústria têxtil, dadas as variadas opções de investigação documental que se encontram disponíveis.
Destacam-se, quer pela sua dimensão, quer pelo seu valor informativo, os fundos empresariais das firmas Empresa Transformadora de Lãs, Ldª, Campos Melo & Irmão, Fábrica Alçada, e os fundos da administração central dos Grémios dos Industriais de Lanifícios da Covilhã e de Gouveia, da Comissão Reguladora do Comércio do Algodão em Rama e do Instituto dos Têxteis e a colecção têxtil de René Ferdinand Delimbeuf.
O Museu de Lanifícios da UBI prevê a obtenção e/ou a custódia de bens arquivísticos a título de compra, dação, depósito, doação, legado e permuta. A aceitaçãopelo Museu de Lanifícios de bens de carácter arquivístico, depende da sua relevância patrimonial, histórica, científico-técnica, económica, político-social e cultural e implica:
Elaboração de um Auto de Depósito, com as condições do depósito estipuladas no que se refere essencialmente à conservação física e à comunicabilidade dos bens recolhidos a título de Depósito, com a respectiva listagem por séries documentais, contemplando a designação, número e tipo de unidades de instalação, datas tópica e cronológica, estado de conservação e condições de comunicabilidade, e com o respectivo registo fotográfico;
Elaboração de um Auto de Entrada, para os bens arquivísticos recolhidos a título de Achado/recolha, Dação, Legado e Permuta, acompanhado da respectiva listagem por séries documentais, contemplando a designação, número e tipo de unidades de instalação, datas tópica e cronológica, estado de conservação, condições de comunicabilidade e do respectivo registo fotográfico, juntamente com os documentos legais gerados pela mudança de propriedade e/ou custódia.
Os bens de natureza arquivística são registados em Inventários por fundos documentais (relacionados com a sua proveniência orgânica) e, nestes, por séries documentais que derivam da sua organicidade original e função pelo qual os mesmos foram produzidos. Os documentos textuais, manuscritos ou impressos, os documentos iconográficos ou cartográficos simples e que poderão vir a integrar a Exposição Permanente são objecto de uma descrição individualizada e pormenorizada, através da elaboração de catálogos.
O Centro de Documentação/Arquivo Histórico detém ainda uma significativa colecção de bibliografia especializada na temática do têxtil/lanifícios, entre publicações periódicas, monografias e catálogos, cronologicamente compreendida entre o séc. XIX e a actualidade, e que ocupa aproximadamente 105 metros lineares.
O sistema de gestão geral de bens incorporados no Museu de Lanifícios, prevê a adopção de um sistema de gestão e de pesquisa informatizado dos bens arquivísticos sob a sua custódia, a disponibilizar e a aceder futuramente no local e On-Line, através da Página do Museu de Lanifícios, a designar por MUSLARQ - Bens Arquivísticos.
O acesso ao acervo documental depende não só das condições estipuladas no Regulamento do Museu de Lanifícios
e na legislação oficial em vigor, como também do desenvolvimento das fases de tratamento documental (expurgo, higienização, acondicionamento, descrição e instalação) a que a documentação está sujeita. A disponibilidade à consulta que alguns dos fundos e colecções, total ou parcialmente, apresentam também se encontra condicionada pela abertura oficial ao público, em regime de horário regular, do Centro de Interpretação dos Lanifícios/Núcleo da Real Fábrica Veiga do Museu de Lanifícios.
GRUPOS DE ARQUIVOS
GF – ARQUIVOS DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
GF - ARQUIVOS ASSOCIATIVOS
GF - ARQUIVOS EMPRESARIAIS
GF - ARQUIVOS DE FAMÍLIA/PESSOAIS
COLECÇÔES