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Exposição Permanente

A Exposição Permanente do Núcleo da Industrialização da Real Fábrica Veiga estrutura-se tendo por base as mais importantes operações de transformação da lã em tecidos. Deste modo apresenta as secções de Preparação, Fiação, Tecelagem e Ultimação dos lanifícios, nas quais se faz ressaltar a respectiva evolução tecnológica.

A abordagem à evolução das fontes de energia confere igualmente ênfase à roda hidráulica, à máquina a vapor, à caldeira e à chaminé, considerados como os elementos estruturantes e simbólicos do processo de industrialização.

Para além dos dados objectivos do mundo técnico e do ambiente social da fábrica, envolvendo empresários, quadros técnicos e operários, atribui-se relevância à evolução tecnológica das fontes de energia, relacionando-a com a apresentação da maquinaria nas várias operações de transformação da matéria-prima.

A Exposição Permanente permite ainda destrinçar o apport local das influências externas, tanto ao nível da organização fabril como da importação de maquinaria, sobretudo dos grandes centros industriais ingleses, belgas, alemães, espanhóis e franceses, bem como identificar as transferências tecnológicas praticadas.

A apresentação de produtos permite, ao nível do design, estabelecer o confronto entre as influências de origem italiana, francesa e inglesa e o modelo tradicional local e contribui para fazer ressaltar a influência do ensino que, com implicações directas neste domínio, foi ministrado pela Escola Industrial Campos Melo da Covilhã, assim como identificar os diversos tipos de panos, as marcas de fabrico e os processos de controle de qualidade praticados.

Ao nível da comercialização salienta-se a evolução dos mercados para escoamento da produção, tanto a nível nacional (metrópole e colónias) como internacional.

No âmbito da arquitectura fabril salientam-se as variadas soluções arquitectónicas e as diferentes tipologias existentes ao longo destes dois séculos, a evolução de fábricas, pavilhões e instalações de apoio. Privilegia-se, igualmente, uma abordagem à construção da rede ferroviária, da central eléctrica, dos bairros operários e dos palacetes dos industriais.

O quotidiano dos ambientes operário e empresarial encontram-se encenados em espaços próprios.

O percurso museológico da Exposição Permanente inicia-se no Piso 0, através da Introdução: da lã aos lanifícios, temática destinada à contextualização geográfica da lã e da indústria dos lanifícios, seguida por uma encenação sobre o mundo fabril e empresarial.
Continua, através do Piso -1, o percurso expositivo, marcado pela forte presença de uma caldeira de vapor e subordinado à temática das fontes de energia. Seguidamente contextualiza-se o papel do operariado na indústria, no espaço designado de vestiário dos operários e apresenta-se a tinturaria e a ultimação. Segue-se a área arqueológica onde se encontram preservadas as estruturas das primitivas caldeiras de vapor. Acede-se seguidamente à área contígua onde se apresentam as operações de preparação da lã para a fiação, cardação e penteação.
O percurso expositivo segue seguidamente para o Piso 1, onde se apresentam as operações de fiação, preparação para a tecelagem, tecelagem e acabamentos, terminando no armazém das fazendas.

 

Exposição Permanente Piso 0  »
Piso -1  »
Piso 1  »

 

 

 

 

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