Tanque de Água
Na Real Fábrica de Panos o abastecimento e distribuição de água interna pelas várias oficinas e salas de tinturaria fazia-se através de um grande tanque de água que se encontrava num espaço emparedado entre as salas da Tinturaria dos Panos de Lã, da Tinturaria das Lãs em Meada e do Corredor das Fornalhas.
A água, proveniente de nascentes existentes na encosta da Serra da Estrela, percorria subterraneamente a Rua Marquês d’Ávila e Bolama através de um sistema de caleiras em granito e de canalizações em chumbo. Num pilar saliente na parede da sapata do edifício fronteiro a este, sobre o Chafariz das Lágrimas, existe uma abertura, vedada por uma pequena porta de ferro, que sinaliza as condutas de água que alimentaram este tanque.
O interior do tanque foi sujeito a uma intervenção arqueológica com o intuito de o integrar na área de Exposição Permanente do Museu. Procedeu-se ao descolamento de uma fiada de pedras da base para facultar o acesso e o percurso museológico.
Uma das entradas de água no tanque. Esta provinha de minas situadas na colina da Serra e a água era transportada através de um sistema de condutas subterrâneas para abastecer este reservatório de água, essencial ao funcionamento da manufactura.
Tanque construído acima do nível do chão, de modo a permitir que a diferença de altura impulsionasse a condução da água nas caleiras.
O tanque encontrava-se emparedado entre a Tinturaria dos Panos de Lã e a Tinturaria das Lãs em Meada. Após a intervenção arqueológica realizada nesta área, construiu-se uma passagem entre os dois espaços, tendo o tanque sido integrado no percurso museológico.
Num dos Corredores das Fornalhas reconstituiu-se um arco da conduta de água, podendo-se observar uma caleira original em granito, recuperada aquando da intervenção arqueológica.
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