Exposição de Artes Têxteis
ENTRE TRAMAS
Fátima Nina e Lídia Carneiro da Cunha
De 10 de março a 13 de maio de 2023 | Real Fábrica Veiga (Galeria)
De terça a sábado, das 10h-13h e das 14h30-18h
No próximo dia 10 de março (sexta-feira), pelas 17h, na Galeria de Exposições da Real Fábrica Veiga do Museu de Lanifícios da UBI, acolheremos a sessão de inauguração da Exposição de Artes Têxteis ENTRE TRAMAS, de Fátima Nina e Lídia Carneiro da Cunha, que estará patente ao público até 13 de maio de 2023.
Juntam-se no Museu de Lanifícios, uma beirã e uma alentejana, para expor as suas técnicas e criações têxteis muito distintas, mas onde o amor pelos têxteis se encontra bem evidenciado.
Entre as peças exuberantes de Fátima Nina e a beleza peculiar do trabalho de Lídia Cunha, esta mostra apresenta um incontestável poder de comunicação de fios que se entrelaçam pelas mãos de duas inspiradas artesãs. Com toques muito pessoais e uma forte inspiração nas fibras naturais, nas tradições, na história dos têxteis e da moda, Lídia e Fátima trazem-nos peças únicas, singularmente belas, que provocam uma profunda reflexão e nos remetem para mundos distantes.
O trabalho de Fátima Nina caracteriza-se pela composição de formas escultóricas em que os tecidos em algodão, lã ou linho, recolhidos de arcas de um passado vivido em torno dos têxteis, são reciclados e apresentados como roupagens que vestem personagens em figuras estilizadas.
Já a Lídia Cunha trabalha em tear manual, usando, sobretudo, mas não exclusivamente, fibras provenientes de lamas andinas. “Nuna” foi o termo escolhido pela artista para designar o conjunto de sua obra. Trata-se de uma palavra que em quéchua tem significado amplo e imaterial que se poderia resumir em “Alma” ou “o espírito das coisas”. É assim que o tradicional das culturas andinas e o moderno da inspiração de Lídia se unem para criar peças plenas de emoção e beleza.
Fátima Nina
Nasceu a 7 de maio de 1961, em Lisboa. Fez o curso de Design de Moda, no CITEM, em Lisboa, tendo efetuado estágio na Esmod Guerre Lavigne, em Paris. Trabalhou como estilista em Lisboa e no Porto, tendo participado em diversos certames de moda nacionais e internacionais. Em 1987, regressa à Covilhã, trabalhou como formadora em história da moda e dedicou-se à exploração de várias técnicas no âmbito da escultura têxtil com recurso recorrente de materiais recicláveis. Participou em várias exposições individuais e coletivas, de que se destacam na Covilhã, o Museu de Lanifícios, o Museu do Sabugal, a Casa dos Magistrados, o H2O Hotel e a Tinturaria - Galeria de Exposições; em Oliveira do Hospital, a Pousada de Santa Bárbara; em Coimbra, a Coimbra Business School | ISCAG; e, em Lisboa, o Welcometoart - Art Gallery, o Palácio de Rio Frio, na Arquitectamos, e Lisboa Rios Restaurante. Integrou a 12ª Esposicione Internazionale "100 Presepi", em Roma, onde ganhou o 1º Prémio na categoria "Presepi Esteri".
Lídia Carneiro da Cunha
Nasceu a 7 de abril de 1960, no Alentejo. Formada em Economia, viveu e trabalhou em diversos países. Em 2018, na Argentina, reinventou-se como artesã têxtil, tendo frequentado o Centro Integral de Arte Têxtil, com a Professora Ana Mazzoli. Apaixonada pelas técnicas têxteis ancestrais de tear e do mundo andino, começou a criar peças elaboradas com fibras naturais de “llama” e ovelha.
São peças feitas à mão. São exclusivas e únicas. Nelas estão tecidos os pensamentos e emoções com os fios vivos que se entrelaçam.
“Foi um novo começo em que o passado tem a ver com o nosso presente e futuro.
A marca NUNA, que em língua quéchua significa o espírito das coisas, o imaterial, o alento, a vida, em suma a Alma, está refletida neste trabalho.
Cada peça é única. Cada uma delas contém o sentimento dos fios naturais andinos que, entrelaçados com os meus próprios sentimentos, reflete o encontro das tradições têxteis ancestrais com o tempo contemporâneo, manifestando a beleza do imperfeito” (Lídia Carneiro da Cunha, março, 2023)
O acesso à exposição é livre, gratuito e para todas as idades, e pode ser visitada de terça a sábado, das 10h às 13h e das 14h30 às 18h, até 13 de maio de 2023.
Exposição / Instalação
Draperies
De João Castro Silva
Desde 8 de fevereiro de 2018 | na Real Fábrica Veiga (Área Arqueológica)
Draperies
Em escultura, por draperie entende-se todo o tipo de indumentárias ou tecidos que representem conjuntos de pregas. Intimamente ligado à representação do corpo humano, as draperies contribuem para a caracterização individual de caracteres. A dinâmica da draperie e a sua capacidade expressiva têm sido continuamente explorados pelos escultores na diferenciação de tipo humanos, proporções, gestos e atitudes.
As draperies acentuam também a perceção de movimento e criam uma maior quantidade de zonas de luz e de sombra sem as quais uma escultura poderá não ter mais que uma tonalidade uniforme de cinzentos.
A plasticidade natural dos tecidos e a possibilidade de com eles se criar uma enorme variedade de tonalidades, fruto da relação entre côncavos, convexos e a luz, permite a exploração do claro/escuro no tratamento de superfícies escultóricas.
João Castro Silva, 2017
Consultar a Folha de Sala aqui
Local
Museu de Lanifícios da UBI / Núcleo da Real Fábrica Veiga (Área Arqueológica)
Calçada do Biribau, s/n (ao Parque da Goldra), 6201-001 Covilhã
GPS: 40º 16' 37" N 7º 30' 29" W
Datas
Desde 8 de fevereiro de 2018
Horário
De terça a domingo, das 9h30 às 12h00 e das 14h30 às 18h00
Condições de acesso
Entrada livre e gratuita